Boas práticas para elaborar um Roteiro de Testes

Testes de software é uma área que vem crescendo bastante na Engenharia de Software, pois diminui custos com a manutenção do sistema e evita aconteçam problemas futuros com o sistema, aumentando assim a qualidade do sistema produzido [1].

Os testes de caixa-preta, quando realizados de forma manual, necessitam da elaboração de um roteiro de teste, como pôde ser visto no artigo anterior. No entanto, a qualidade destes roteiros de teste é a única garantia de que os testes realizados serão realmente eficientes e que irão detectar o máximo de falhas possíveis em um sistema. Com isso tem sido feito um estudo para melhorar a qualidade dos casos de teste. A seguir podemos observar alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração no momento da elaboração do roteiro de teste.

  • Um bom roteiro de testes possui casos de teste que são facilmente executados pelo testador, os quais não são executados de maneira ambígua. Para isso, os casos de teste têm que ser bem escritos e objetivos.
  • Casos de teste devem ser eficientes, ou seja, devem atingir a maior cobertura possível e devem encontrar o maior número de falhas.
  • Para se adquirir mais qualidade nos casos de teste é necessário que sejam realizadas reuniões entre os analistas de teste, a fim de identificarem e classificarem os casos de teste mais importantes que devem sempre fazer parte dos roteiros.
  • Outra prática importante é realizar revisões nos roteiros de teste produzidos, com a finalidade de detectar falha de compreensão ou irrelevância nos casos de teste.
  • Um bom caso de teste é aquele que é objetivo, ou seja, aquele que possui em seu procedimento passos referentes a uma única funcionalidade. Quando o caso de teste é objetivo, os testadores conseguem focar melhor na ideia principal do teste.
  • Um caso de teste deve ser também autossuficiente, nele deve estar contida toda a informação necessária para executá-lo, ou seja, deve haver uma descrição bem detalhada sobre a precondição do sistema para que o teste seja realizado.
  • É importante evitar casos de teste exaustivos, com um número muito grande de passos. Testes grandes e que tomam muito tempo tendem a causar dispersão no testador, e assim ele acaba perdendo o foco principal do teste.
  • Casos de teste que descrevem situações mais próximas das ações do usuário final são mais eficientes, pois têm mais chances de se encontrar falhas mais graves.
Outra questão importante é manter a equipe de teste sempre informada sobre o andamento dos projetos, principalmente a respeito da mudança de requisitos. Pois, toda vez que há uma nova versão do documento de especificação do sistema, tem que haver mudanças no roteiro de teste daquele determinado caso de uso.

Assim, aplicando boas práticas durante a elaboração de um roteiro de teste é possível obter uma melhoria significativa na execução do testes, pois os casos de teste se tornam mais coerentes e possuem informações completas para auxiliar na execução pelos testadores.



Referência:
[1] Pressman, R. S. Engenharia de Software. 5 ed., McGraw-Hill, 2002.
[2] Olegpario, P. L, Bandeira, L. R. P. Boas práticas adotadas em um Projeto de Design de Testes – Um relato de experiência. Artigo publicado no II EBTS, Recife, 2007.

Atualizado em: 21/05/2019

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